Opinião

Mesmo com “ele”, o PSDB vai ter que rebolar

Por Marcelo Oxley

Empresário e jornalista


Você lembra daquela sensação de quando se abre a janela de transferência de jogadores? É aquele “disse que me disse”, especulações, fofocas e nada muito concreto. O famoso “fio do bigode”, muito utilizado antigamente, não funciona mais pelo mau-caratismo do novo ser humano. Na política não é diferente.

Em 2024 elegeremos vereadores e prefeito(a) em Pelotas. Ao Executivo, dois nomes aparecem em evidência: o PT terá como frente Fernando Marroni e o PSDB, mesmo que não tenha batido o martelo, deve anunciar o deputado Daniel Trzeciak. 

Reeditando as eleições de 2020, tudo gira em torno do PSDB. As péssimas condições da cidade, em todos os âmbitos, fazem com que o principal candidato deva ser Trzeciak, por toda experiência. Ele precisa consertar o que sua colega fez e ainda faz em Pelotas. Caso vença, o trabalho será intenso e de reestruturação. Trzeciak está com a faca, o queijo e o rojão nas mãos. Se for prefeito poderá colocar todo seu trabalho político, conquistado com muito suor e méritos, fora. Se não for, haverá murmúrios de que não quis ajudar a cidade que o promoveu politicamente falando.

Trzeciak enfrentará o poder da esquerda com a força do presidente, mesmo num País totalmente inativo, assim como enfrentará, pelo menos no primeiro turno, o bolsonarismo. Não há como fugirmos dessa máxima. Além de combater, é claro, uma cidade quebrada que não é novidade para ninguém. 

O PSDB não tem a cadeira de prefeito ainda. Ela está em aberto, muito mais que em 2020, pois o aglomerado de equívocos e a má administração desse governo deixa uma dúvida imensa para as próximas eleições. Somente com a força de Eduardo Leite em campanha poderá não ser o bastante para que o candidato tucano seja eleito. O que o nosso governador fez por Pelotas para que se valha do microfone e peça votos com o peito estufado? Apenas o status de governador não deveria ser decisivo. Não deveria. Mas infelizmente uma boa parcela do eleitor se esquece dos feitos e dos “não feitos”.

Com certeza o PSDB conversará com outros partidos para uma coligação. A máquina pública já está no papo, porém existe grande descrédito e dúvidas sobre o último mandato da prefeita em exercício. O estado de Pelotas, o futuro e o déficit que será herdado é dar pesadelos.

Tudo em aberto...

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